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Terapia com jardinagem sustentável

Postado em 30/07/2020 por BARBARA ANDRESSA RODRIGUES DOS SANTOS

Você já pensou nas possibilidades que a jardinagem pode trazer para a terapia intelectual? Em como ela pode auxiliar as pessoas a se desenvolverem e se tornarem autônomas e independentes, de forma plena e feliz? Pois, por meio da jardinagem, e pelas características intrínsecas à atividade, podemos obter benefícios importantes para nossa saúde e bem estar, seja físico ou mental. O contato com a natureza, o mexer com a terra, já nos alimenta de beleza e alegria. Em doses regulares, é um tratamento valioso para tantos que precisam e uma manutenção igualmente importante para aqueles que já se encontram saudáveis. Afinal, quem nunca ouviu falar que o jardim relaxa e desestressa. Não é à toa que é o hobby de muita gente. Pensando nisto, as profissionais da área intelectual do CER IV, a terapeuta ocupacional, Bruna Campomogara e a psicóloga Priscila da Silva, desenvolveram uma terapia voltada ao desejo do paciente, Eurico Luiz Mielke de 73 anos, que é cuidar da sua horta. Na atividade realizada, foi ensinada uma forma de jardinagem sustentável, utilizando garrafas pets. Eurico sofreu um AVC (Acidente Vascular Celebral), o que causa uma pausa no fornecimento de sangue para o cérebro. Na maioria das vezes que ocorre o AVC, não é possível saber quais serão as sequelas do paciente, tudo depende de onde o AVC ocorre e qual a intensidade. Pode ser afetada a região do cérebro responsável pela memória, ou pelos movimentos, talvez pela parte cognitiva. No caso do Eurico, afetou mais a parte dos movimentos, assim ele precisa ser tratado por uma equipe multidisciplinar. Segundo a psicóloga Priscila, é importante que tanto a família, quanto o paciente trabalhem com o psicológico. Isso é necessário para tentar ajudar a entender o quadro e as dificuldades de adaptação a uma nova realidade, uma vez que as sequelas do AVC podem dificultar tarefas cotidianas e aparentemente simples para uma pessoa saudável. "Temos que ouvir as necessidades do paciente, ajudá-lo a lidar com o contexto, e ficar de olho em sintomas comuns, como apatia, nervoso, depressão, perda de interesse nas atividades, distúrbios do sono, perda de energia, sentimento de inutilidade ou culpa...” ressalta psicóloga Priscila da Silva.